10 de dezembro de 2011

A idade sempre foi uma das coisas que mais me intrigaram durante a vida.
Não o número em si. Afinal, pouco importa quantos dias foram vividos por ti até hoje. O que realmente me incomoda, em um bom sentido, é essa experiência. E aí eu me perco em devaneios que sabem-se lá quando cessarão.
Vivemos, morremos. E durante a vida, temos nossas mortes; algumas pelas quais todos souberam e outras que nunca saberão. Eu morri de amor uma vez. Mas antes, o desespero enfiou uma faca em meu peito, jorrando o tão impuro sangue pelo chão que meu amor acabara de limpar. Mas logo o pano fez seu trabalho e a água levou meu sangue a um bueiro qualquer - em poucos dias, estava eu ali, vivo a admirar todo esse meu ontem assustador. Cena exagerada, que ninguém faz questão de lembrar. Isso tudo faz parte daquela coleção de dias que não lembramos, que quase passam despercebidos. Então por que me lembro disso até agora? Eu disse quase, quase não lembramos. Não disse? Essa foi mais uma excessão.

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