10 de dezembro de 2011

Uma vez, quando eu ainda mal sabia o que era viver, me disseram que no momento exato antes de morrermos nossa vida inteira se passa diante dos nossos olhos desesperados e então estamos prontos para ir embora.Eu, como sempre, não acreditei nessa bobagem. E vou lhe contar um segredo, estava com um pouco de razão, não totalmente, mas uma parte eu estava certo sim.Pessoas, como muitos estão cansados de saber, exageram. Mas essa retrospectiva momentânea não é daquelas com uma trilha sonora, filmes de momentos aleatórios da nossa infância... Não.Tudo bobagem. Fantasia de poeta.Comigo a vida pareceu, pela primeira vez, passar devagar até que segurei levemente suas mãos como velhos amigos,  e andamos a um lugar que eu mal consigo me lembrar onde era, mas as cores de lá, ah, que cores! Se eu pudesse guardaria todas em uma caixa para poder olhar quando quisesse. Encantado.Quando eu achei que sentiríamos uma brisa gelada, que escutaríamos o vento dizendo qualquer coisa, ela soltou minha mão rapidamente e riu.Fugiu.
Quanto a mim? Fiquei aqui, sozinho, esquecido nesse lugar sem nome, e sem uma lembrança se quer de uma infância gravada em pedaços em fitas velhas. Se eu ao menos tivesse as tais cores comigo... 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...